segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Anjo na vida. Anjo na morte



Instintos são estes de obediência

Porque amar é obedecer

É preferir a vontande própria à vontade alheia

É gozar da felicidade de ver os outros satisfeitos

Ela obedece espontaneamente

Porque obedece por amor e não por servilismo

Nenhuma mulher pode ser desviada para exercer qualquer função fora do lar

Sem prejuízo de seus deveres de filha, esposa e  mãe

Na sociedade organizada, o lugar da mulher é no lar

Zelando sobre a saúde de seus entes queridos que a humanidade confiou a sua solicitude. 

(Trechos de poemas extraídos de autores positivistas, da obra de Clarisse Ismério, Mulher: A moral e o imaginário, 2005)

   

Anjo na vida. Anjo na morte

Ele: o dono do mundo. Ela: escrava do lar. Afinal, porque Deus criou a mulher? Para que todos nós nascêssemos e fôssemos educados por ela. Com este pensamento, durante muitos e muitos anos, a mulher se manteve sob o domínio conservador de uma sociedade predominantemente machista. 

Considerada a rainha do lar e o anjo tutelar, a mulher nascia com o destino predeterminado. Sua função era servir ao pai e aos irmãos e, mais tarde, ao marido.   

Educada nas melhores escolas de prendas domésticas, ela não precisava compreender política ou economia, e sim, saber lavar, engomar e cozinhar, e o mais importante: ensinar as filhas o segredo de serem excelentes esposas e mães, e os filhos a sabedoria de grandes homens. 

Nada mais justo que elas fossem eternizadas em túmulos de cemitérios de todo o mundo. Na vida, zelavam pela moral e pelos bons costumes, e na morte, resguardavam a honra da família.

 (Ana Graciela de Freitas Silva)

Foto : Tais Robaina Vidal

  

Um comentário:

Nédia disse...

Você mostra com muita clareza a antiga e única função da mulher, gostei da maneira como demonstra, ainda bem que conseguimos enxergar diferente agora, se você tiver um poema da mulher atual diz onde encontro ou manda pra mim.
Eu quero apresentar no Sarau que estou organizando na escola em Sobradinho- Ba.